Controladoria vai investigar desvio de conduta de policiais militares

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD) instaurou processos para investigar possíveis desvios de conduta de 44 policiais militares que participaram de uma assembleia na Associação dos Profissionais de Segurança Pública do Ceará (Aprospec), ocorrida no último dia 3.

Os procedimentos foram informados em 12 portarias, publicadas no Diário Oficial na última sexta-feira. Foram instaurados Procedimentos Administrativos Disciplinares (para praças com menos de 10 anos de serviço), Conselhos de Disciplina (para policiais com 10 ou mais anos) e inquérito policial militar, a fim de “apurar possíveis condutas criminosas”. De acordo com as portarias, a conduta dos policiais que participaram da reunião “fere valores da moral estadual” e “viola deveres consubstanciados” previstos no Código Disciplinar da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Ceará (Lei nº 13.407/2003).

Para cada um dos 12 processos, foi formada uma comissão de oficiais da ativa, a quem os policiais devem se apresentar até a próxima quinta-feira, segundo a assessoria da CGD. Até lá, os militares ficam afastados das funções. Eles estão alojados no Comando Geral da PM.

Para o presidente da Aprospec, capitão Wagner Sousa, as portarias são irregulares. “Falam que a assembleia iria deliberar o movimento paredista, mas em nenhum momento colocamos isso em votação”. O presidente da Associação dos Cabos e Soldados Militares (ACSMCE), Flávio Sabino, citado em uma das portarias, diz que só devem responder policiais com histórico de mau comportamento e crimes militares. (O POVO)



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