Cortejado pela presidente Dilma Rousseff, que o recebeu ontem, em Brasília, e pelo ex-presidente Lula, que vai amanhã ao Ceará, o governador cearense, Cid Gomes, já sinaliza com a possibilidade de ele e o irmão, o ex-ministro Ciro Gomes, deixarem o PSB. A informação foi dada ontem a O Globo pelo gestor, após ouvir da presidente promessas de investimentos para o seu estado. Os irmãos Gomes, reagem os socialistas ligados ao governador Eduardo Campos, ainda não digeriram o fato de o partido não ter permitido a candidatura de Ciro Gomes, em 2010.
Cid, sem arrodeios, disse que deixa o partido caso a decisão de lançar candidatura própria, no caso, a de Eduardo Campos para a Presidência da República, não ocorra de forma democrática. "Sou forçado a pensar sobre isso. Se for uma decisão democrática, tomada por todo o partido de forma majoritária, sem imposição, é uma coisa; se não, eu me sinto obrigado a deixar o partido", pontuou. "Não é que eu seja contra a candidatura dele, mas nós participamos do projeto de eleição da presidente Dilma. Por que motivo o deixaríamos agora?", questionou, acrescentando que a decisão de agora deveria ter sido tomada antes.
No encontro com Dilma, Cid Gomes ouviu a promessa de que estará no Ceará no dia 21 de março, além sinal verde para tocar a construção de uma refinaria de petróleo com parceiros estrangeiros e a garantia que o Centro Olímpico do Nordeste será no Ceará.
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