Polícia desvenda morte de vereador em Pacatuba

Delegada Milena Maciel
Quatro pessoas acusadas da participação no assassinato do vereador de Pacatuba, Valdomiro do Nascimento de Souza, 35 anos, foram identificadas em uma entrevista coletiva, na tarde de ontem, na Delegacia Geral da Polícia Civil, em Fortaleza. Os suspeitos de executar o vereador já haviam sido presos, e os autores intelectuais foram capturadas em suas residências, na última quinta-feira (21), em Pacatuba.

Valdomiro Nascimento foi morto no dia 25 de janeiro deste ano quando chegava em seu estabelecimento comercial, no município de Pacatuba. Dois que estavam em um Siena de cor branca, placas do Rio Grande do Norte, teriam sido responsáveis pela execução.

No decorrer das investigações a delegada titular de Pacatuba, Milena Maciel, chegou ao nome de Nata da Silva Modesto, 28, o ´Natan´, que foi preso no último dia 13 deste mês, em Cascavel. Segundo a delegada presidente do inquérito, Modesto disse ter começado a participar de homicídios há cerca de dois anos, mas nunca tinha sido o matador de fato, apenas se envolvia no casos. No entanto, no caso do vereador, ele confessou ter matado Valdomiro Nascimento e, em depoimento, teria delatado seu comparsa, identificado como Edvan Porfírio Pinto, o ´Velho´, ou ´Veim´, 50.

Além de delatar o comparsa, ´Natan´ também ajudou à Polícia a chegar aos autores intelectuais do crime. Segundo o delegado geral da Polícia Civil, Luiz Carlos Dantas, o primeiro e o segundo suplentes do político assassinado planejaram toda a trama.

Suplentes

José Cleodon Rodrigues Costa, 42, era o primeiro suplente de Valdomiro Nascimento e, segundo as provas que constam nos autos, tramou o crime para ficar com sua vaga na Câmara.

O segundo suplente e presidente do PTB de Pacatuba, Bezaliel Ribeiro de Farias, o ´Beto Ribeiro´, 34, teria ajudado nos planos que culminaram na morte de Valdomiro. "Ele teria benefícios com a morte. Foi conivente e participou da trama", disse Milena Maciel.

Modesto é primo de ´Beto Ribeiro´ e estava hospedado em seu sítio, na época que tudo aconteceu. "Por conta de um problema de família, o ´Natan´ foi convidado pelo ´Beto´ a ir morar com ele por um tempo. Ele estava há cerca de sete meses, em Pacatuba, e só foi embora quando matou o vereador".

Luiz Carlos Dantas afirmou que ´Beto´ teria também, ajudado a esconder o criminoso. "Eles pensaram ter praticado o crime perfeito, mas graças a um trabalho bem feito, podemos dizer que o crime foi elucidado. A princípio, somente os quatro arquitetaram e colocaram tudo em prática", afirmou o delegado geral.

Para a Milena Maciel, o desenrolar das investigações chegaram a um único ponto, que seria a motivação política. "Para nós e para o Poder Judiciário, que já expediu prisões preventivas para os dois executores e temporárias para os mentores, o crime teve motivação política. Não podemos aceitar este tipo de atitude de ninguém, principalmente de políticos, que devem dar bom exemplo à sociedade".

Os suspeitos da execução disseram ter recebido R$ 2,5 mil para praticar o assassinato do vereador. Os suspeitos de mandantes ainda serão ouvidos. Os quatro implicados já estão recolhidos nos xadrezes da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O crime causou revolta e indignação nos moradores e eleitores da cidade de Pacatuba.

(Diário do Nordeste)



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