As poucas chuvas registradas em Salitre ainda não foram suficientes para amenizar a crise ocasionada pela estiagem no município. A escassez de água reflete na quebra da produção agrícola, que tem a mandioca como carro-chefe da economia local. Cerca de 120 casas de farinha estão com suas atividades prejudicadas e milhares de pessoas estão desempregadas. A situação tem deixado a população salitrense em desespero.
Além da falta de chuvas, o único poço que abastecia a população está com a bomba quebrada, há cinco anos. No momento, dezenas de carros pipas fazem a distribuição diária de água, mas mal conseguem atender as necessidades domésticas do município. Sem água suficiente, a capital da farinha não tem mandioca e sua economia fica comprometida.
De acordo com o prefeito de Salitre, Rondilson Ribeiro (PT), foram feitas solicitações ao Estado para a compra de uma nova bomba, que custa aproximadamente R$ 5 milhões, mas até o momento, nenhuma licitação se concretizou. Ainda segundo ele, a gestão vem tentando buscar linhas de crédito para os produtores e donos de casas de farinha. "Somos, no estado do Ceará, o maior produtor de fécula de mandioca. E com a seca que nos atinge, as casas produtoras estão passando por dificuldades. Precisamos de recursos para sair dessa situação" declarou.
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