Cientistas brasileiros alertam: o câncer de estômago tem quase 100% de cura quando descoberto na fase inicial. Mas a doença é silenciosa.
Ela é difícil de descobrir porque os sintomas são confundidos com problemas comuns, como azia e náusea. As pessoas acham que é uma dor de estômago comum, tomam algum remédio e não vão ao medico.
Um estudo feito pelo hospital A.C. Camargo, em São Paulo, com pacientes tratados no local, concluiu que menos de 30% dos casos são detectados na fase inicial. Mas os médicos pesquisadores afirmam que se o diagnóstico for precoce, praticamente todos os casos podem ser curados. Quanto mais cedo melhor.
Os médicos responsáveis pelo estudo fizeram uma palestra no Hospital A.C. Camargo - referência no tratamento de câncer - para conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
Um dos principais fatores de risco é a contaminação pela bactéria Helicobacter Pillori, presente na água e em alimentos contaminados. Ela pode causar gastrite que, em casos extremos, evolui para um tumor se não for tratada.
“Precisa de uma pré-disposição genética do indivíduo para a bactéria se ligue ao estômago e cause câncer de estômago. Então nem todo mundo, a maioria das pessoas que têm a bactéria não vai chegar a ter câncer”, explica o cirurgião Felipe Coimbra.
Fatores de risco
A soma dos fatores de risco é que aumenta a possibilidade de desenvolver o câncer de estômago. Entre eles, histórico familiar e uma alimentação com excesso de sal, gordura e alimentos defumados ou com conservantes.
É importante ouvir o que o corpo fala. Ignorar os sintomas, se automedicar e demorar a fazer os exames necessários podem atrasar o diagnóstico. Os índices de cura e controle da doença variam de acordo com o momento que ela é descoberta.
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