Polícia Federal prende secretário de Obras e empreiteiro no Acre

A Polícia Federal prendeu, na manhã desta sexta-feira, o diretor de análises clínicas da Secretaria Estadual de Saúde do Acre e sobrinho do governador Tião Viana, Thiago Paiva, o secretário estadual de Obras, Wolvernar Camargo, o ex-secretário de Habitação do Estado Aurélio Cruz, o diretor do Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa) Gildo César e o empreiteiro e ex-presidente da Federação da Indústria do Acre (Fieac) João Francisco Salomão.

Eles são acusados pela Polícia Federal de integrar um esquema de fraude em licitação e desvio de verbas públicas.

Durante a investigação, a PF examinou licitações executadas nos municípios de Tarauacá, Manuel Urbano, Plácido de Castro, Vila Campinas e Acrelândia. E constatou que muitas das obras licitadas jamais chegaram a ser executadas. Somente em seis contratos examinados, de um valor total de R$ 40 milhões, estima-se que os cofres públicos sofreram um desfalque de cerca de R$ 4 milhões.

Durante as investigações, os policiais identificaram um processo licitatório destinado à contratação de uma clínica de exames médicos para desviar fraudulentamente recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) do Governo Federal.

Ao todo 150 policiais de diversas localidades do país participam da operação para cumprir ainda 34 mandados de busca e apreensão em órgãos públicos. As investigações foram iniciadas em 2011.
Policiais identificaram um grupo de sete empresas do ramo de construção civil, que atuavam em conjunto para fraudar licitações de obras públicas no Estado.

As empresas simulavam concorrer entre si, garantindo, assim, que uma delas sempre vencesse a licitação. Os concorrentes que não integrassem a organização criminosa eram eliminados ainda na fase da habilitação técnica, primeira fase da licitação, em que a administração pública exige da empresa comprovação de sua aptidão técnica para realizar o serviço.

Todos envolvidos na fraude deverão responder pelos crimes de formação de cartel, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, fraude à licitação, e desvio de recursos públicos.




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