PF conclui que não houve intenção criminosa nos boatos sobre o Bolsa Família

A Polícia Federal informou, por meio de nota oficial nesta sexta-feira (12), que concluiu a investigação sobre o boato da suspensão do pagamento do Bolsa Família, disseminado pelas redes sociais em maio deste ano. A PF afirmou que “o boato foi espontâneo” e, como não há provas, não houve qualquer prática criminal.  

Espalhada pela internet em maio deste ano, a história surpreendeu os beneficiários, que correram para as agências da Caixa Econômica Federal para sacar o benefício. Entre os dias 18 e 19 de maio, houve 900 mil saques e R$ 152 milhões saíram das contas do banco.  

A PF pediu à Caixa para identificar os primeiros beneficiários que sacaram o benefício, bem como padrão dos saques e onde ocorreram as operações. Após esse passo, a PF cruzou as informações e constatou aumento anormal no volume de saques nas cidades de Ipu (CE) e Cajazeiras (PB) já nas primeiras horas do sábado (18 de maio).

Para concluir a investigação, a PF identificou e entrevistou 180 beneficiários dos Estados de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio de Janeiro. Também foram ouvidos 64 gerentes da Caixa Econômica Federal nas localidades onde ocorreu o maior volume de saques.

De acordo com as investigações da PF, com base nas entrevistas com os beneficiários, as razões que provocaram a corrida às agências bancárias foram: "a ciência da antecipação do pagamento por motivos diversos, a informação de um possível adicional em virtude do dia das mães e a notícia de um suposto cancelamento do programa, respectivamente".



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