Apesar da greve nacional dos petroleiros e das diversas manifestações e mobilizações que a categoria realizou pelo país com o apoio de movimentos sociais e centrais sindicais, o governo federal concluiu nesta segunda-feira (21) o primeiro leilão do regime de partilha do pré-sal.
"O país antes do leilão era 100% dono do maior campo de petróleo já descoberto no mundo. Agora o povo brasileiro está 60% mais pobre, pois ficaremos na, melhor das hipóteses, com 40% do mais estratégico campo de petróleo da atualidade", ressalta o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes, que participou nesta segunda-feira, 21, de atos em Brasília e no Rio de Janeiro, contra o leilão de Libra.
A Petrobras, que descobriu Libra, terá 40% do campo. O consórcio ofertou à União o excedente de petróleo mínimo previsto na licitação, ou seja, 41,65%. No entanto, diz a federação de sindicatos, em função da manobra que a ANP realizou no edital, a Estado brasileiro poderá ficar com apenas 14,58% do óleo gerado pelo campo de Libra.
Esse foi inclusive um dos principais fatos denunciados pela FUP e pela CUT na Ação Civil Pública que tentou barrar o leilão. "A entrega de 60% do campo de Libra para as multinacionais é um dos maiores crimes de lesa-pátria que já tivemos no país. Um dia triste para o povo brasileiro", lamenta João Antônio de Moraes.
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