Padre Francisco Gomes disse que a entidade chega a Iguatu com o compromisso de tentar superar um dos maiores gargalos na administração pública do país, que é a saúde - Foto: Luiz Vasconcelos |
Aconteceu na última sexta-feira, 01 de novembro, às 19h, a posse da Sociedade Beneficente São Camilo, junto à direção geral do Hospital Regional de Iguatu (HRI). Antes do discurso das autoridades foi celebrada missa em ação de graças presidida pelo bispo diocesano dom João Costa e pelo bispo emérito dom José Mauro.
Participaram da solenidade as seguintes autoridades: o prefeito municipal de Iguatu, Aderilo Alcântara; o vice-presidente da Aprece e prefeito de Piquet Carneiro, Expedito do Nascimento; o secretário de saúde do município, Tony Pereira; o secretário executivo de políticas de Iguatu, Joab Soares; o novo diretor do Hospital Regional, Klebson Carvalho Soares; o Superintendente da Ordem dos Camilianos Norte e Nordeste, padre Francisco Gomes; o presidente da Câmara de Vereadores de Iguatu, Bandeira Júnior; a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Francisca Saraiva, além do médico Hildernando Bezerra e demais autoridades.
Em seu discurso, o prefeito Aderilo Alcântara disse que a nova gestão do Hospital Regional vai garantir um salto de qualidade no atendimento público de saúde em Iguatu e região. “Em todas as reuniões que realizamos para discutir essa parceria, fizemos questão de deixar claro que não seria a gestão dos Camilianos que iria resolver todos os problemas desse hospital, mas com certeza nós vamos ter um salto de qualidade”, disse Aderilo Alcântara.
O superintendente da Ordem dos Camilianos Norte e Nordeste, padre Francisco Gomes, disse que a entidade chega a Iguatu com o compromisso de tentar superar um dos maiores gargalos na administração pública do país, que é a saúde. “Estamos aqui para ajuda-los nessa gestão, nesse processo tão difícil que é gerenciar a saúde. Não pensem que nós iremos resolver tudo. Precisamos das parcerias de todos os prefeitos, pois a luta é de todos nós”, disse.
Prefeito Aderilo Alcântara disse que a nova gestão vai garantir um salto na qualidade do atendimento de saúde da população de Iguatu e região - Foto: Luiz Vasconcelos |
Para o secretário executivo de Políticas Públicas de Iguatu, Joab Soares, a posse dos padres Camilianos a partir desta data, passa a ser um divisor de águas na assistência à saúde da região. “Nós que fazemos saúde nunca prometemos eternidade, mas termos a obrigação e o dever de usar tudo que estiver à nossa disposição para melhorar as condições de saúde das pessoas, e a posse dessa nova diretoria com certeza vai concretizar o sonho de todos nós, que é melhorar a eficiência na gestão deste hospital, ofertando cada vez mais serviços de qualidade para a Iguatu e toda a região”, disse Joab Soares.
O plano de parceria entre o Município de Iguatu e a Sociedade Beneficente será de 20 anos, podendo ser rompido a qualquer tempo por qualquer uma das partes, sem multas ou prejuízos. No entanto, essa possibilidade não está prevista pela Prefeitura de Iguatu, já que a gestão dos hospitais pelas fundações é uma tendência atual e vem ocorrendo com êxito em várias regiões do País. No Ceará os exemplos vêm das cidades de Crato, Itapipoca, Tianguá, Tauá e Fortaleza com o hospital Cura D’ARS, que atualmente figura na lista dos melhores hospitais do Ceará.
A transferência da gestão do Hospital Regional de Iguatu para a Ordem Camiliana é uma luta que teve início ainda em 2011, no mandato do então prefeito Agenor Neto. Na época o projeto recebeu muitas críticas, tendo sido alvo de audiências públicas na Câmara de Vereadores, no auditório da CDL local, e até protestos por parte do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Ceará – Sindsaúde, regional de Iguatu.
Em abril do ano passado, o projeto passou pela aprovação da Câmara de Vereadores, e este ano chegou-se a um consenso, após uma ampla discussão envolvendo setores da sociedade civil organizada, instituições públicas e privadas, conselho de saúde, Aprece e representantes dos 10 municípios que compõe a 18ª Regional de Saúde, da qual o hospital faz parte.