Diocese de Iguatu promove debate sobre Campanha da Fraternidade

Padres e leigos estiveram reunidos no estudo preparativo para a Campanha da Fraternidade.
Foto de Honório Barbosa
As nove dioceses do Ceará estão mobilizadas a partir de hoje, que inicia a Quaresma, período que se estende até Domingos de Ramos, em ciclos de estudos, debates e proposições de ações efetivas para a Campanha da Fraternidade (CF). A temática neste ano é sobre o tráfico humano. Promovida anualmente pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), traz como lema neste ano ‘É para a liberdade, que Cristo nos libertou’.

A Diocese de Iguatu reuniu um grupo de religiosos e leigos para tratar da Campanha da Fraternidade. “É um momento oportuno durante o período quaresmal que a Igreja Católica convoca os seus fiéis a refletir e agir em favor do irmão”, disse o bispo, dom João Costa. “Neste ano, tratamos das diversas formas de exploração humana e à primeira vista nos parece um tema distante, mas não, é um problema que diz respeito a todos nós”.

O bispo propôs uma reflexão sobre a crueldade praticada com o tráfico de pessoas para fins de exploração de mão de obra, sexual, de órgãos, de crianças e adolescentes. “É uma triste realidade que ocorre no Brasil e que precisa ser enfrentada e combatida”, frisou. “Essa situação rompe com o projeto de Deus para a vida, de liberdade, de paz e de dignidade da pessoa”.

O vigário geral da diocese de Iguatu, padre Afonso Queiroga, observou que a maioria das pessoas traficadas é pobre ou está em situação de grande vulnerabilidade. “Os traficantes aproveitam essa condição, que facilita o aliciamento com enganosas promessas”, disse. O documento da CNBB é esclarecedor: ‘Uma vez nas mãos dos traficantes, mulheres, homens e crianças, adolescentes e jovens são explorados em atividades contra a própria vontade e por meios violentos’.

O estudo sobre a Campanha da Fraternidade foi coordenado por Auxiliadora Souza, coordenadora da Pastoral Carcerária, na diocese de Iguatu. Promotores de Justiça, padres, psicólogos e líderes de movimentos sociais participaram do evento. Ao final, foi elaborado um documento com algumas sugestões de ação para o período da CF.

Por: Honório Barbosa (DN)


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