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Equipe da Pastoral Carcerária de Iguatu |
Uma missão que poucos se dispõem a fazer. Assim é o trabalho da Pastoral Carcerária de Iguatu, através de leigos voluntários da Diocese de Iguatu, que todos os sábados, a partir das 9h, tem a incumbência de levar o Evangelho de Jesus Cristo aos cárceres e colaborar para que os direitos humanos sejam garantidos.
Atualmente a equipe, formada pelas agentes Maria do Patrocínio, Mônica, Louzanira Oliveira, Madalena, Neiane, Iara, Liduína, Fátima, Janderlene, Marli, e Horácio, acompanham cerca de 150 encarcerados que cumprem pena na Cadeia Pública de Iguatu.
As dificuldades são imensas, relata algumas agentes. "Há, de certa forma, uma má vontade dentro do próprio sistema prisional de Iguatu, para que o trabalho seja feito da forma adequada. As condições precárias da estrutura prisional também não ajudam. Não pensem que é fácil, mas o nosso trabalho tem sido feito com muita dedicação", relatam.
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Equipe da Pastoral Carcerária de Iguatu e o Conselheiro Estadual da OAB, Mário Leal |
Fique sabendo - A Pastoral Carcerária, em qualquer lugar do mundo, nasce a partir do próprio Cristo, que disse: “Estive preso e viestes ver-me”(Mt 25, 36). Esta palavra não condena, mas reconhece a realidade da prisão e a necessidade de se visitar os encarcerados como condição de Salvação. O próprio Jesus e alguns dos seus apóstolos conheceram a realidade do cárcere. A Pastoral, portanto, surge com o próprio Cristianismo, mas foi na Idade Média, a partir dos séculos XI e XII, que surgiram grupos organizados para visitar as pessoas presas.
Com o tempo, a prisão passou a ser o principal tipo de punição, o que expandiu a quantidade de cárceres, fazendo crescer a Pastoral Carcerária, sempre composta por cristãos organizados para o atendimento aos presos.
No Brasil, não há notícia exata de quando surgiram grupos católicos organizados para as visitas às prisões, mas a Pastoral Carcerária, como grupo mantido pela CNBB, surge em 1986, data da primeira reunião nacional. Dois anos depois, foi criada a coordenação nacional e começaram contatos com organizações nacionais e internacionais, com o objetivo de denunciar os problemas do sistema penitenciário e das violações dos direitos dos presos.