A inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou em fevereiro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA subiu 0,69% no mês passado, acima do índice de fevereiro de 2013 (0,60%) e também do registrado em janeiro deste ano (0,55%). No acumulado de doze meses até fevereiro, portanto, a inflação do país acumula alta de 5,68% - acima do registrado em doze meses até janeiro (5,59%). No primeiro bimestre, o IPCA já subiu 1,24%.
O indicador mostra-se também cada vez mais próximo do teto da meta oficial de inflação, de 6,5%, e mais distante do centro, de 4,5%, o que acende no mercado um alerta vermelho. Analistas esperavam alta de 0,65% no mês passado, e de 5,64% em 12 meses.
Neste ano, o mercado financeiro estima que o IPCA termine em alta de 6,01%, de acordo com o relatório semanal Focus divulgado na segunda-feira. Dessa forma, é possível que o Comitê de Política Monetária (Copom) continue elevando os juros, ainda que em ritmo mais lento. Há duas semanas, o Copom aumentou em 0,25 ponto porcentual, para 10,75% ao ano, a taxa Selic.
Entre os setores que mais contribuíram para a alta dos preços ao consumidor em fevereiro estão Educação e Habitação. O primeiro caso reflete o reajuste das mensalidades escolares e teve peso de 0,27 ponto porcentual no índice de fevereiro - - em janeiro, sua contribuição havia sido de apenas 0,03. "Esse resultado reflete os reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente nas mensalidades dos cursos regulares, que subiram 7,64% e constituíram-se no item de maior impacto individual no mês, com 0,22 ponto porcentual", explicou o IBGE.
Já o peso do item Habitação passou de 0,08% para 0,11%. Na outra ponta, Alimentação e Bebidas impediu que o IPCA viesse ainda maior. O peso do item, tradicionalmente um dos principais responsáveis pela aceleração de preços, recuou de 0,21 p.p. para 0,14 p.p. entre janeiro e fevereiro. (Veja)
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