A segunda fase da Operação 'Tarja Preta' da Polícia Civil do Ceará, por meio da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD), prendeu três pessoas e recolheu 140 mil comprimidos. Foi a maior apreensão de medicamentos já realizada no Estado, informaram as autoridades nesta segunda-feira (28).
Entre os comprimidos apreendidos as autoridades informaram que há antidepressivos e abortivos, além de anabolizantes.
Um dos presos nesta fase é José Leonardo Sales que estava foragido desde a primeira fase da operação e foi detido a partir de um mandado de prisão preventivo expedido pela Justiça e cumprido nesta segunda-feira. Ele foi encontrado em uma residência no bairro Jurema, em Caucaia, onde se escondia.
Raimundo Nonato Macedo foi preso no dia 22 de novembro, na posse de 101 mil comprimidos, quando ia realizar uma entrega em um supermercado de Fortaleza. Outro cúmplice, Antônio Gottardo Souza, foi preso dois dias depois na posse de 40 mil comprimidos.
Desvios da rede pública
"É provável que esta seja a maior apreensão de medicamentos não só do Ceará, mas de todo o Nordeste", afirma a diretora adjunta da DCTD, delegada Patrícia Bezerra. Segundo ela, apesar de nenhum dos presos nesta segunda fase ter relação com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), várias caixas de medicamentos contêm o carimbo de "venda proibida", o que deixa claro que foram desviadas da rede pública de saúde.
Patrícia também informou que as investigações continuam e que "alguns alvos já estão sendo levantados". Conforme diz, a Polícia Civil tem atuado em várias frentes para inibir os criminosos, incluindo nas farmácias, entre funcionários e ex-funcionários da Sesa e no núcleo de pessoas envolvidas na chegada de medicamentos de fora do País.
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