Os registros da Justiça eleitoral mostram, na avaliação dos investigadores da Operação Lava Jato, a extensa rede de contatos do empresário Eike Batista com governantes e parlamentares. As doações do empresário incluem as campanhas presidenciais de 2006 e 2010. Eike doou R$ 1 milhão para o comitê financeiro do então presidente Lula em 2006.
Em 2014, ele depositou R$ 1 milhão para o comitê de Dilma Rousseff (PT), reeleita naquele ano. O comitê de José Serra (PSDB) também recebeu R$ 1 milhão.
O senador cassado Delcídio Amaral (sem partido), que já foi preso e se tornou delator na Lava-Jato, foi beneficiário de doações de Eike em 2006 e 2010, totalizando R$ 900 mil.
Para a campanha de reeleição de Sérgio Cabral ao governo do Rio, em 2010, o ex-bilionário doou R$ 750. As doações foram realizadas diretamente ao peemedebista, que governou o Estado duas vezes consecutivas, entre 2007 e 2014. A Operação Eficiência, deflagrada na quinta-feira, 26, aponta propinas de US$ 16,5 milhões de Eike para Cabral.
Os partidos que receberam recursos do foragido internacional foram PT, PMDB, PSDB, PP, PSD, PSB, DEM, PR, PDT, PV, PCdoB, PTB e PTC. Os estados dos políticos são Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Maranhão, Ceará, Mato Grosso do Sul, Amapá e o Distrito Federal.
A maior parte das doações (R$ 12,1 milhões) foi feita por Eike como pessoa física. Somente em 2012 ele se valeu de uma das empresas, MMX Mineração, para fazer repasses totalizando R$ 500 mil. A maior parte dos repasses, porém, foi feita por meio de diretórios e comitês.
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