O número de casos de tuberculose no Ceará continua aumentando consideravelmente. Entre janeiro e 1º de setembro deste ano, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) confirmou 2.057 casos da doença no Estado, com 57 mortes - sendo 964 registros em Fortaleza e 29 óbitos. Os dados são do mais recente boletim de notificação compulsória da Sesa.
Em agosto passado, esse número era de 1.608 ocorrências, com 45 mortes. Houve um aumento, de agosto para setembro, de 28% - com 449 novos casos. No ano passado, a doença acometeu 3.099 pessoas, com 64 mortes.
Tratamento
A tuberculose tem cura, mas a preocupação é com a alta taxa de abandono do tratamento. As taxas - classificadas como aceitáveis pelo Ministério da Saúde - têm índices de até 5% no Brasil, mas no Estado chega à média de 10%.
O índice influencia diretamente em outro resultado aquém do esperado: o de cura, que no Estado figura atualmente em cerca de 53% (dados parciais), bem abaixo da meta de 85%.
Curável desde o ano de 1944 e com tratamento eficaz disponível na rede de pública de saúde, a tuberculose pulmonar ainda registra alta incidência e, sobretudo, mortes. Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento dura seis meses, devendo ser realizado de forma regular para se chegar à cura.
Doença infecciosa
De acordo com o Ministério da Saúde, A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões. Anualmente, são notificados cerca de 10 milhões de novos casos em todo o mundo, levando mais de um milhão de pessoas a óbito. O surgimento da Aids e o aparecimento de focos de tuberculose resistente aos medicamentos agravam ainda mais esse cenário.
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