O Ministério Público Federal no Distrito Federal denunciou à Justiça o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sob acusação de praticar crime de corrupção passiva enquanto exercia o mandato de presidente da República.
A denúncia é parte do desdobramento da operação Zelotes e é a nona oferecida contra o petista. Além de Lula são denunciados outras seis pessoas, entre eles o ex-chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, também por corrupção passiva, e os empresários Carlos Alberto de Oliveira Andrade, do grupo Caoa, e Paulo Ferraz Arantes, da MMC - Mitsubishi, estes por corrupção ativa.
De acordo com os procuradores, as investigações apontaram que irregularidades foram praticadas no período de elaboração e edição da MP (Medida Provisória) 471, que prorrogou por cinco anos benefícios tributários destinados a empresas do setor automobilístico.
A medida foi editada em 2009, quando Lula ainda exercia o cargo de presidente da República. Segundo os investigadores, R$ 6 milhões foram prometidos ao ex-presidente Lula e a Gilberto Carvalho em troca da mudança na lei.
Na ação enviada à Justiça Federal do DF, o Ministério Público pediu que aos envolvidos paguem R$ 12 milhões para ressarcir os cofres públicos, além de multa por danos morais coletivos.
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