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Delegado Marcos Sandro participou das investigações |
As vítimas eram quatro pessoas e três delas estavam desaparecidas desde o ano passado. "Eles escolhiam aleatoriamente. Eram serial killers psicopatas que se fingiam de religiosos para se infiltrar na sociedade. Eles escolhiam pessoas frágeis psicológica e emocionalmente, mas se [a vítima] fosse alguém que tinha alguma rixa com eles, era um alvo preferencial", diz Sandro Lira.
Dois suspeitos, Gleudson Dantas Barros e Roberto Alves da Silva foram presos e nesta segunda-feira foram transferidos para o presídio de Iguatu. Um adolescente suspeito de participação nos crimes foi encontrado morto durante as investigações na cidade de Irapuan Pinheiro. Conforme a polícia, ele cometeu suicídio.
Segundo o delegado, eles atraíam pessoas até o sítio Canto, no distrito de Suassurana, onde os "adeptos do satanismo" realizam rituais macabros. Os dois vão responder por homicídio, corrupção de menor, ocultação de cadáver e vilipêndio de cadáver.
A polícia chegou aos suspeitos após a morte do estudante Jheyderson de Oliveira Chavier; depois de cinco dias desaparecido, a polícia identificou um vídeo de câmeras de segurança da vítima na companhia de Gleudson Dantas, apontado como o líder da seita.
Após a prisão e interrogação do suspeito, os policiais e Corpo de Bombeiro localizaram mais três cadáveres no sítio. Parte dos cadáveres eram usados para "ornamentar" um "altar satânico", que era usado em rituais macabros. Os membros da seita acreditavam que, com os homicídios, conseguiram os números para vencer na Mega-Sena.
"Eles diziam que o espírito das pessoas [assassinadas] estava aprisionado naquele sítio e que os espíritos fariam o que eles quisessem, inclusive iriam dar o número para vencer na Sena."
Ainda conforme o policial, o três já haviam preparado uma cova "enorme" para matar e sepultar três mulheres. "Eles tentaram atrair as mulheres com bebedeiras, mas nunca conseguiram. Depois tentaram dois rapazes, que por sorte viajaram para Fortaleza e não puderam ir à festa. Foi quando eles tiveram a chance de atrair o Jheyderson, que infelizmente foi uma das vítimas", afirma o policial.
Os policiais seguem realizando buscas no sítio. "Não sabemos se eles mataram mais pessoas, a certeza de que temos é que eles mataram quatro pessoas que estavam desaparecidas, mas não podemos descartar nenhuma hipótese", conclui o policial Sandro Lira.
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