Após 30 dias do assassinato do prefeito de Granjeiro, João Gregório Neto, de 54 anos, conhecido por João do Povo, a Polícia Civil ainda não conseguiu concluir o inquérito. A investigação aponta para motivação política.
Segundo o delegado Ricardo Pinheiro, do departamento de Polícia Judiciária do Interior Sul, a polícia ainda trabalha na análise do material apreendido e averiguando denúncias recebidas. Ele afirma que diante da complexidade do caso, vai solicitar mais 30 dias para concluir a investigação.
O prefeito de Granjeiro foi assassinado na manhã do dia 24 de dezembro, véspera de natal, enquanto fazia caminhada nas proximidades de sua residência. A suspeita é que o crime tenha sido encomendado pelo vice e atual prefeito, Ticiano Tomé, e pelo seu pai, Vicente Félix de Souza. A polícia chegou a prisão de ambos mas a Justiça negou.
Após o crime a polícia civil iniciou uma série de investigações e conseguiu identificar e prender duas pessoas suspeitas de participarem da trama. No Piauí, foi preso Carlos Alberto Ferreira Cavalcanti. Ele é suspeito de participar do homicídio e foi flagrado na posse do veículo utilizado pelos executores do prefeito. No Maranhão, foi capturado o empresário Rondinere Francino de Andrade, que comprou o veículo e alterou as placas.
Outro suspeito de participar da execução e alugar o veículo para o crime permanece foragido. A polícia procura por ele no Ceará e em estados vizinhos.
A demora na elucidação do caso levou os familiares do prefeito João Gregório a realizarem um protesto em frente ao Fórum da Comarca de Caririaçu, na quinta-feira (23). "É muito difícil. Não só pra nós, mas pra todo mundo, ele era querido por todos. A gente jamais pensou que um dia isso fosse acontecer", disse a esposa, Patrícia Bezerra.
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