Governo quer recadastrar quem recebe auxílio-doença do INSS


O governo vai passar um pente-fino nos benefícios de quem ganha auxílio-doença há mais de dois anos. Há suspeitas de irregularidades. De imediato, o governo diz que não haverá mudança, mas as pessoas vão ser notificadas. Hoje, R$ 13 bilhões são gastos com quem recebe o auxílio-doença há mais de dois anos. 

O auxílio-doença é um benefício pago pelo INSS ao trabalhador que está doente ou que sofreu algum tipo de acidente. Para ganhar o auxílio, o beneficiário precisa comprovar que está incapaz, ter pelos menos um ano de contribuição. Só fica isento disso quem sofreu um acidente de trabalho ou está com alguma doença prevista em lei, como câncer. O trabalhador deve estar afastado há pelo menos 15 dias corridos ou intercalados dentro de 60 dias.

O governo gasta por ano R$ 23 bilhões com o auxílio-doença, sendo que R$ 13 bilhões vão para pessoas que recebem o benefício há mais de dois anos. E isso chamou a atenção do governo porque há suspeita de fraudes. Agora, o Ministério do Planejamento quer fazer um pente fino para saber quem realmente tem direito ao auxílio.É uma tentativa de frear os gastos com o INSS e economizar.

“Seguramente nós teremos uma surpresa altamente positiva, vamos ver bilhões serem reconduzidos ao Tesouro Nacional”, disse o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

O ministro do Planejamento disse que os beneficiários que estão há mais de dois anos com o auxílio-doença vão ser notificados até o fim do ano. Por enquanto, os benefícios não vão ser cancelados.


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