Relatório do Inpe prevê chuvas abaixo da média


Precipitações abaixo da média em todo o Ceará. Essa foi a tendência apontada para os próximos meses pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, órgão vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em seu mais recente relatório trimestral, divulgado nesta semana.

As simulações realizadas pelos pesquisadores indicam que as configurações nos oceanos Pacífico e Atlântico terão impactos negativos tanto na pré-estação chuvosa, durante os meses de dezembro e janeiro, quanto no início da quadra de chuvas, no mês de fevereiro.

O meteorologista do CPTEC/Inpe Diogo Arsego explica que um dos fatores considerados na análise é o desenvolvimento do fenômeno La Niña no Oceano Pacífico, o qual, segundo o relatório dos órgãos, deve chegar à maturação neste trimestre. Segundo o especialista, a alteração climática encontra-se em baixa intensidade e a expectativa é que o oceano atinja condições de neutralidade até o mês de março, quadro que não será benéfico para ocorrência de precipitações no Estado.

Com base nos dados observados, o meteorologista destaca que as precipitações devem ficar abaixo do normal, em especial na pré-estação chuvosa. "O Ceará deve ter, na pré-estação, precipitações mais isoladas e menos frequentes", acrescentou o especialista.

Contrapondo as projeções do CPTEC/Inpe, a Somar Meteorologia, empresa que atua no ramo de meteorologia, oceanografia e meio ambiente, prevê chuvas acima da média até o fim de dezembro em algumas regiões do Estado e dentro da média no mês de janeiro. Para a estação chuvosa, a meteorologista Maria Clara Sassaki destaca que os cenários precisam ser monitorados, mas análises iniciais apontam para precipitações significativas nos meses de fevereiro e abril e mais fracas em março e maio.

Sobre a pré-estação chuvosa, a Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme) afirma que os sistemas climáticos em atuação nos meses de dezembro e janeiro são de alta imprevisibilidade e projeções mais precisas só podem ser realizadas com poucos dias de antecedência. No entanto, segundo o meteorologista do órgão Raul Fritz, historicamente, as chuvas do período começam a ser registradas em maior concentração a partir da segunda quinzena deste mês.

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