Ciro se diz mal interpretado e afirma que quer ‘restaurar o império da lei’


Pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes afirmou que foi mal interpretado após declarar que, se eleito, colocaria o Judiciário e o Ministério de volta em suas “caixinhas”. Criticado por juristas e analistas, o pedetista disse que suas falas foram tiradas do contexto para gerar intrigas. Na ocasião, Ciro também afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “só teria chance de sair da cadeia se a gente assumir o poder”.

No Pará, o pedetista disse que essa declaração foi tirada do contexto. “Quando eu disse a gente, eu não quis dizer eu. Quis dizer os democratas, os que têm compromisso com o Estado democrático de direito, com o restabelecimento da autoridade, do império da lei que, no Brasil, parece estar completamente deformada”.

Segundo ele, o termo caixinha foi uma figura de linguagem usada para explicar que Judiciário e Ministério Público “não podem se meter em tudo”. “Isso é uma expressão que todo mundo conhece. Só a fraude tenta fazer esse tipo de intriga. No Brasil, está cada um trabalhando fora da sua caixa”, disse o candidato.

Ciro defendeu, ainda, a necessidade de restaurar “o império da lei”. “O Judiciário julga, o Legislativo legisla e o Executivo executa. Não é possível que o Judiciário queira executar. (Não é possível) que no Brasil cada prefeito esteja subordinado ao constrangimento, à humilhação de um jovem membro do Ministério Público que, ainda que de boa fé, deforme reputações, se meta onde não deve. O país não aguenta mais essa baderna”, declarou pouco antes de subir ao palanque.


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