Salve 31 de março, 18 anos do A Praça

Editorial
Salve 31 de março, 18 anos do A Praça
Por Paulo de Tarso Bezerra

Paulo de Tarso Bezerra 
Foi como o nascimento de um filho. Amanhecera, mal tínhamos dormido, e já fomos às ruas ver a chegada dele: circulara, enfim, a primeira edição do Jornal A Praça, o jornal de Iguatu. Era 31 de março de 2001.

Víamos germinar ali aquele que seria o mais longevo órgão dedicado à imprensa local, a circular em nossa urbe, desde sempre. A vocação de ser um noticioso, um carreador de informações, logo se aliou ao natural destino de se tornar um sítio para a análise crítica dos tantos colaboradores que por suas páginas passeavam. O sonho fizera-se real, o tal alvorecer, palpável. Ou melhor, folheável.

O nome viera inspirado nos tantos pontos de encontro da cidade. Era - e ainda é - em cada praça que o povo teimava se ver, contar os causos, amarrar uns nós, desatar outros, emendar os amores, reclamar os suores, matar a sede, lavar a alma. Nada mais próprio para quem acabara de chegar, repleto de assunto: o jornal iria se chamar A Praça. Pronto, o filho tinha nome.

Saídos ainda quentes da gráfica, os exemplares passavam às mãos dos primeiros jornaleiros. Estes levavam o matutino de casa em casa, despertando o olhar atento e ainda curioso de quem pegava nos fatos da semana. Isso mesmo. Diferente da notícia falada das rádios, que se vai com o vento, o jornal é coisa de pegar, é matéria concreta, é notícia que fica registrada para sempre, vira fato indelével. Para isso viemos.

Após abrir cada porta da cidade e adentrar os lares que formavam opinião, surgiam os primeiros assinantes. Muitos aqui, outros muito além do que jamais imaginávamos, mesmo em nossos sonhos mais loucos. Deu no que deu.

Reviver esses dias é uma delícia. Transfere a cada de um nós e, estamos certos, também a cada leitor que nos acompanha fielmente, um sabor inevitável de “eu fiz parte de tudo isso”. Trata-se do indizível deleite dos combatentes justos. Nada mais, nada menos.

No tempo em que esse periódico chega aos dezoito anos, a maturidade, assim como o novo, sempre há de vir. Esse é o tempo de ajustar as velas e seguir para onde nos levam os bons ventos. O mundo novo cabe na palma da mão e isso não tem volta. Um novo formato está a caminho: adicional, digital, multi-plataforma, interativo, ao vivo.

Caro leitor, você está a um passo de ser chamado também de telespectador. Com som e imagem. E mais, a notícia - sempre a notícia - vai passar pela sua mão, numa interatividade jamais vista entre nós. Mais uma vez, você será testemunha e protagonista da história que construímos a muitas mãos. Como fizemos juntos, nos últimos dezoito anos.

(O autor é médico, editor-chefe e fundador do Jornal A Praça)


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