O deputado federal Clodovil Hernandes (PR-SP), que faleceu nesta terça (17), vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), registrou em seu testamento a destinação de todo o seu patrimônio para a construção de uma entidade à educação de órfãos. Os bens do deputado somam R$ 1,8 milhão, que, entre outros, inclui uma casa de R$ 900 mil em Ubatuba (SP) e um carro Mitsubishi estimado em R$ 85 mil.
Segundo a advogada de Clodovil, Maria Hebe Pereira de Queiroz, o orfanato deverá se chamar Casa Clô. Mas o patrimônio do político pode aumentar, já que a advogada ainda move ações trabalhistas contra a Rede TV! e a Bandeirantes. Segundo ela, o valor das indenizações pode chegar a R$ 2,7 milhões. Os oito cães que eram do parlamentar serão dados a amigos pessoais de Clodovil.
MORTE SOB SUSPEITA
A Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados, lacrou o apartamento em que residia o falecido deputado Clodovil Hernandes, em Brasília, sob a alegação que será necessário realizar perícia para verificar a suspeita de que o parlamentar teria sido vítima de assassinato, e não de um acidente vascular cerebral (AVC), conforme atestaram os médicos. Assessores do deputado estavam gravando entrevista para o programa "Fantástico", da Rede Globo, pelas 21h, quando agentes da Polícia Legislativa irromperam no apartamento, interrompendo as gravações e afirmando que todos deveriam sair porque o imóvel seria lacrado para perícia. A repórter que fazia a matéria era Poliana Abritta.
Clodovil Hernandes foi encontrado desacordado às 7h da manhã de segunda-feira (16) por seus empregados, que foram ao quarto recolher a cadela do deputado para administrar-lhe remédios prescritos pelo veterinário. Eles encontraram Clodovil deitado de bruços, nu, parcialmente sob uma escrivaninha. Ele perdeu 135 ml de sangue. Muito assustados, porque o corpo de Clodovil estava "duro", conforme relatariam depois, os empregados despertaram Glaucio Hagabiti, o "Claus", amigo dele há cerca de quarenta anos, e que estava em outro quarto.
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