O pacote habitacional que o governo Lula ainda finaliza é alvo de críticas de urbanistas. O plano de construir 1 milhão de casas até o fim de 2010 é visto como incapaz de atacar as principais carências habitacionais do país --e reduzir, de fato, o déficit de 7,9 milhões de casas. As principais medidas aventadas focam aumento de recursos orçamentários, desonerações, criação de um fundo garantidor e ampliação do teto de recursos do FGTS para financiamento. A arquiteta Raquel Rolnik, da USP, relatora de direito à moradia da ONU, diz que há “uma diferença muito grande entre medidas de fomento à construção civil e política habitacional”, e o pacote é mais imobiliário do que outra coisa, afirma.
Para Rolnik, uma intervenção dessa magnitude não pode prescindir de uma estratégia fundiária e urbanística - ponto que, até agora, não foi tocado pela cúpula do governo. Caso contrário, diz Rolnik, vai haver substancial aumento no preço dos terrenos.
Tags
POLITICA