Fortaleza, Juazeiro do Norte, Caucaia, Sobral, Maracanaú, Itapipoca, Crato, Tianguá, Crateús, Icó, Iguatu, Camocim, Quixadá, Granja, São Benedito, Viçosa do Ceará, Canindé e Barbalha. Estes municípios vão receber recursos do Governo Federal para diminuir a mortalidade infantil. Entre 2000 e 2007, o Nordeste registrou 161.848 mortes de crianças menores de um ano de idade. Na soma do número de óbitos infantis registrados no Nordeste e na Amazônia Legal, a região nordestina detém 80% do total.
Na comparação com o restante do Brasil, as duas regiões concentram 25% do total nacional de mortes de bebês menores de um ano de idade. Capitais como Salvador, Fortaleza, Recife, Maceió, São Luís, Teresina, Natal e Aracaju estão no topo do ranking entre os 192 municípios eleitos prioritários no Nordeste pelo elevado número de óbitos infantis.
No mesmo período (2000 a 2007), no Ceará, morreram 24.121 crianças menores de um ano de idade. O maior número de ocorrências foi verificado na capital, Fortaleza (6.484 óbitos), Juazeiro do Norte (678), Caucaia (604), Sobral (600) e Maracanaú (443). Em todo o estado, o Pacto pela Redução das Desigualdades alcançará 18 municípios eleitos prioritários.
A maioria das mortes de recém-nascidos ocorre por causas evitáveis, entre elas falta de atenção adequada à mulher durante a gestação, no parto e também ao feto e ao bebê. Além desses fatores, a mortalidade infantil também está associada à educação, ao padrão de renda familiar, ao acesso aos serviços de saúde, à oferta água tratada e esgoto e ao grau de informação das mães. Essa constatação orientou toda a estratégia do Ministério da Saúde, construída em parceria com as Secretarias Estaduais de Saúde, em encontro que durou uma semana, no início de março, em Brasília.
Para diminuir, no mínimo, em 5% ao ano a mortalidade infantil, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, assinou um pacto com os governadores do Nordeste. O critério de seleção dos municípios levou em conta o total de óbitos em número absolutos em cada um deles. De acordo com a área técnica do ministério, a meta é evitar em números absolutos a morte de bebês.
Até o fim deste ano, o Ministério deverá investir R$ 20 milhões para impedir que morram pelo menos 1.168 crianças com até 27 dias de nascidas e cerca de 1.700 com menos de um ano de idade.
Plano aposta na capacitação de profissionais. O plano traçado para reduzir a mortalidade infantil no Nordeste tem seis eixos de ações: qualificação da atenção pré-natal, ao parto e ao recém-nascido; formação de recursos humanos; gestão do trabalho, gestão da informação; vigilância do óbito infantil e neonatal e fortalecimento do controle social, mobilização social e comunicação.
Para qualificar a atenção ao pré-natal, ao parto e ao recém-nascido, a região contará com mais 301 equipes de Saúde da Família, que passarão de 4.430 para 4.731. Também haverá aumento do número de Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), que passará de 100 para 599 na região. O Ceará receberá 35 novas equipes de Saúde da Família, elevando o total para 668, além de 60 NASF que se somarão aos 23 existentes.
Junto com o reforço à atenção básica, o Nordeste terá 357 novos leitos de unidade de terapia intensiva, elevando a oferta atual de 568 para 925. Deste total, o Ceará receberá 57 novos leitos de UTI, ampliando sua capacidade para 175. Aumentará também o número de leitos das unidades de cuidados intermediários (UCIs), que passará de 174 para 383.