Ceará tem 606 mil crianças e adolescentes fora da escola

Segundo o relatório “Situação da Infância e da Adolescência Brasileira 2009”, divulgado nesta terça pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), com base nos dados Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/2007), o Ceará tem hoje 606 mil crianças e adolescentes de três a 17 anos fora da escola. Na faixa etária entre sete e 14 anos, o índice cai para 2,4%, o que representa ainda 35 mil crianças.
As mais atingidas são as crianças negras, indígenas, quilombolas, sob o risco de violência e exploração com deficiência. No Ceará, apenas 2,15% das crianças brancas de sete a 14 anos estão fora da escola, contra 4,09% das negras. A taxa de estudantes negros excluídos é ainda maior em Alagoas, chega a 12,5%, na Paraíba é de 7,14%, e no Maranhão a taxa de exclusão é de 6,25%.Ainda segundo a Pnad 2007, 97,6% das crianças cearenses entre sete e 14 anos - estão matriculadas na escola, representando cerca de 1,3 milhão de estudantes. A taxa do Estado é a mesma da nacional.
No Ceará, apenas 67% das 202.185 crianças conseguem concluir o Ensino Fundamental aos 14 anos, a idade certa. No Ensino Médio o problema é ainda mais crítico. Somente 44,3% dos 179.085 estudantes matriculados chegam ao final do curso, abaixo da média nacional, de 50,9%, de acordo com o relatório do Unicef.
Entre os estados nordestinos, a taxa de concludentes do Ceará no Ensino Fundamental é a maior, superando a média nacional, que é de 53,7%. No Ensino Médio, o Ceará perde a liderança para Pernambuco, que apresenta taxa de concludentes de 49,2%. A menor taxa é de Alagoas, onde somente 39,7% dos alunos matriculados terminam os estudos.
Fonte: DN

Luiz Vasconcelos

O redator do blog tem formação acadêmica pela Universidade Estadual do Ceará na área de Pedagogia, no entanto, tem grande predileção pelo jornalismo.

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