Eles querem sangue II

Diante de vários fatos que aconteceram ao longo desses últimos seis anos em que o presidente Lula e o PT governam esse País, fatos estes que em momentos cruciais da política surgiram como forma de enlamear alguns adversários políticos, os acontecimentos recentes muito nos chamam atenção.
O recado que o governo, camufladamente vem dando aos dirigentes do PMDB, seja com denúncias as mais diversas possíveis, seja com ações através da força pela Polícia Federal, nos faz repensar esse conceito moderno de Democracia em que estamos vivendo.
Para começar, vejamos o caso do senado federal. Nunca se viu tanta denúncia e tanto mar de lama dentro daquela casa legislativa. Se atentarmos bem, podemos perceber claramente, que tudo começou quando o PMDB ousou em assumir a presidência daquela casa, através do senador Renan Calheiros. A turma do mal, não satisfeita com aquela situação, começou a agir de forma maligna e o resultado foi o pedido de renúncia do presidente do Senado, tendo assumindo então, o vice-presidente Tião Viana (PT-AC), que ficou durante um período de aproximadamente seis meses, quando então o PMDB assumiu novamente com o senador Garibaldi Alves. Daí, veio a eleição de José Sarney, e vejam só o que está acontecendo: As armas são semelhantes, e a onda de denuncismo é a mesma, o que nos leva a crêr que o presidente Sarney se tornará mais um mártir dessa turma do mal que habita dentro do Congresso Nacional.
Quem não se lembra das eleições de São Paulo para governo do Estado: tentaram fabricar um dossiê às vésperas da eleição. Militantes foram pegos com malas de dinheiro em um hotel, e até hoje não se sabe o resultado do que realmente aconteceu. Quem não se lembra dos Dólares na cueca, onde um assessor parlamentar foi flagrado transportando dólares e reais, dentro da cueca. O que aconteceu então? Até hoje nada. E nem vai acontecer. O aparelhamento sofisticado das instituições públicas através da inserção de militantes partidários, nos relembra práticas do stalinismo, onde nem mesmo os amigos escapavam. O castigo era a o assassinato. No Brasil isso já está acontecendo, mas a forma de destruir os adversários políticos teve uma evolução bastante sofisticada, agora, utiliza-se do extermínio moral de todos aqueles que ousem atravessarem o seu caminho. Enquanto aparecem para o povo como mansos cordeirinhos, por trás, ou melhor, pelos porões, tramam e maquinam todo o típo de patifarias, na intenção de trucidar aqueles que discordam de uma forma ou de outra das suas determinações.
Como meio agravante em tudo isso, uma coisa vem preocupando. A contaminação das instituições judiciárias é algo aberrante. Verdadeiros cabos eleitorais estão instalados dentro do Terceiro Poder, agindo em nome do Governo de uma forma maquiavélica e descarada. Estão simplesmente destruindo o pouco que conseguimos depois dos 20 anos de ditadura militar.

Luiz Vasconcelos

O redator do blog tem formação acadêmica pela Universidade Estadual do Ceará na área de Pedagogia, no entanto, tem grande predileção pelo jornalismo.

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