Atendimento a dependentes químicos é uma "tragédia", diz associação

O secretário de Dependência Química da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Marco Antonio Bessa, classificou como precário o atendimento psiquiátrico no país, em especial para o dependente químico. “Na psiquiatria de modo geral, nós temos uma desassistência aos pacientes psiquiátricos, e para os dependentes químicos é uma tragédia”, afirmou em entrevista à Agência Brasil.

Segundo ele, em muitas cidades do interior existem apenas “comunidades terapêuticas” onde os doentes ficam aos cuidados de religiosos, mas não recebem o atendimento médico qualificado.

Ele atribui o problema à política de acabar com as vagas nos hospitais psiquiátricos, que reduziu em mais de 60% os leitos nessas unidades. “Não foi criada uma estrutura alternativa de acolhimento desses pacientes”, afirmou.

Bessa disse ainda que existe uma dupla desassistência em relação ao combate e prevenção às drogas no Brasil. Segundo ele, faltam políticas públicas para coibir o vício, principalmente o do álcool, e não existe tratamento adequado para os que já estão dependentes.

Luiz Vasconcelos

O redator do blog tem formação acadêmica pela Universidade Estadual do Ceará na área de Pedagogia, no entanto, tem grande predileção pelo jornalismo.

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