Entornos do açude Trussu são ocupados ilegalmente

Moradores de casas de veraneio construídas na beira de açudes públicos federais vivem a expectativa do desfecho de determinações judiciais adotadas nos últimos três anos, mas que ainda não foram executadas.

Em Iguatu, na região Centro-Sul, os proprietários de casas de veraneio construídas irregularmente no Açude Trussu, ainda não foram notificados pelo Dnocs, órgão responsável pela administração da barragem, a pagarem uma taxa anual, espécie de arrendamento da área construída e arrendada.

As determinações da 16ª Vara da Justiça Federal com sede em Juazeiro do Norte, para demolição dos imóveis, recuperação da área degradada, além de pagamento de multas que variam entre 300 e 1.000 Ufirs, tem trazido grande preocupação aos veranistas. Há cerca de dez anos, 14 casas de veraneio foram construídas no entorno do reservatório, ferindo a legislação ambiental, pois estão edificadas em ilhas numa distância inferior a 100 metros da cota de sangria.

Mesmo com o pagamento de multas e implantação do Plano de Recuperação de Área Degradada (Pradi), mesmo assim esses imóveis, de acordo com a lei, pertencem à União, pois essas áreas foram desapropriadas por ocasião da construção do açude. Os proprietários negam a prática de crime ambiental, e já recorreram da decisão da justiça, argumentando que antes da construção do Açude Trussu, as áreas onde foram construídas as casas eram utilizadas para plantio agrícola e criação de animais.

De acordo com o coordenador estadual do Dnocs, Eduardo Segundo, a posição do órgão é que, desde que fora de área ambiental e dentro das especificações, as casas não precisariam ser demolidas. "Existe mais de uma situação em relação ao Açude Trussu e cada caso deve ser analisado separadamente", afirmou.

(Com informações do Diário do Nordeste)

Luiz Vasconcelos

O redator do blog tem formação acadêmica pela Universidade Estadual do Ceará na área de Pedagogia, no entanto, tem grande predileção pelo jornalismo.

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