Em assembleia realizada neste sábado (6), a International Football Association (Ifab) vetou a introdução de tecnologias para validar gols e adiou para os dias 17 e 18 de maio os debates sobre a cobrança de pênalti, em especial a “paradinha”, e as responsabilidades do quarto árbitro durante uma partida.
Segundo nota oficial no site da Fifa, entidade que preside a Ifab, ficou acordado que o assunto mais esperado na reunião ficará para depois. “As leis 12 (faltas – expulsões por ofensas), 14 (pênalti) e regras e responsabilidades do quarto árbitro serão discutidas em 17 e 18 de maio”, diz o comunicado.
A “paradinha”, bastante utilizada no futebol brasileiro, foi alvo de polêmica no país mais recentemente no clássico entre Santos e São Paulo, quando o santista Neymar usou o artifício para converter um pênalti diante do goleiro Rogério Ceni, que ao final do jogo ironizou a permissão dos árbitros nacionais.
Apesar do adiamento dessa pauta, os dirigentes concordaram em interromper as experiências relativas ao uso de tecnologias no futebol. Foi discutida a utilização de microchips nas bolas, para avisar ao juiz quando ela entrar no gol, e o de vídeos para tirar alguma dúvida. O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, disse que, embora não tenha havido unanimidade, a maioria dos membros da Ifab votou contra o uso de recursos tecnológicos.
“Todos concordamos que a tecnologia não deve entrar no futebol, pois desejamos que ele continue sendo humano, é aí que está a sua beleza”, reforçou o representante da federação norte-irlandesa, Patrick Nelson. “Os torcedores voltam a falar dessas partidas, e assim eles as recriam”, justificou.
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