O PT decidiu individualizar de vez a campanha eleitoral em prol da candidatura de José Pimentel (PT) ao Senado. A legenda lança hoje o movimento “setembro vermelho”, encabeçado pela prefeita de Fortaleza e presidente estadual do PT, Luizianne Lins, que vinha atuando de forma discreta nesta campanha eleitoral, até então.
Ao lado de Pimentel, Luizianne promoverá um ato político na sede estadual do partido, às 18h, após uma caminhada que partirá da Praça do Ferreira até a Avenida da Universidade. Mais cedo, o vice-presidente do PT no Ceará, deputado federal José Guimarães, afirmou que a militância do partido ocupará vários pontos da Avenida Washington Soares, na chamada “onda vermelha”.
Segundo Guimarães, a estratégia do movimento, no último mês de campanha, é potencializar a candidatura de Pimentel, numa tentativa de eleger os “dois candidatos do presidente Lula ao Senado”. No entanto, Eunício Oliveira (PMDB), candidato da mesma coligação, não terá o nome divulgado no movimento petista.
“Não é nada contra o Eunício. O movimento é para ajudar o Pimentel. É para eleger os dois. Não tem crise. É uma campanha unificada. O PT tem compromisso com as duas candidaturas”, justificou o deputado.
Porém, uma fonte ligada ao PT, que pediu para não ser identificada, informou ao O POVO que o movimento é uma resposta à campanha “individual” que Eunício estaria promovendo. “O PT vai puxar a candidatura do Pimentel, como o Eunício está fazendo, individualmente. Agora nós vamos dar gás a nossa candidatura. Sem crise e sem marola!”, defendeu a fonte.
Eunício não sabia
Por sua vez, Eunício Oliveira afirmou que não tinha conhecimento do movimento que objetiva alavancar somente a campanha de Eunício. “Meu estresse à respeito disso é zero”, declarou.
Eunício defendeu que, se em alguns momentos eles participam de atos isoladamente, é para ganhar território, e que jamais pediu voto para outro candidato ao Senado que não fosse ele ou Pimentel. O deputado disse ainda que “não posso ter ciúmes de qualquer prefeito que vai votar no Tasso e no Pimentel, ou vice-versa”, já que, para ele, voto é uma questão de “conquista”.
O POVO
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