O governo vai criar uma Força Nacional de Saúde para enviar médicos, enfermeiros  e dentistas a pontos distantes do país. A medida será adotada para driblar a  dificuldade de cidades, principalmente nas Regiões Norte e Nordeste, de recrutar  profissionais, mesmo ofertando altos salários. O Ministério da Saúde estima que  cerca de 500 municípios não têm médicos que residem na própria cidade.
O secretário de Gestão do Trabalho e de Educação na Saúde, Francisco Campos,  diz que os "profissionais resistem em aceitar propostas de emprego por vários  motivos, como o medo de que haja muita pressão política no exercício da  profissão".  O secretário aponta também o receio de que, em locais distantes, a  infraestrutura seja precária.– Mas o principal é o medo de ficar estagnado, sem condições de fazer  reciclagem profissional.
Um grupo de trabalho formado pelo Ministério da Saúde em julho tem até o mês que vem para desenhar o formato final da carreira do SUS (Sistema Único de Saúde). A primeira reunião do grupo deve ocorrer nesta quarta-feira (15). As linhas gerais do projeto estão traçadas.
Um grupo de trabalho formado pelo Ministério da Saúde em julho tem até o mês que vem para desenhar o formato final da carreira do SUS (Sistema Único de Saúde). A primeira reunião do grupo deve ocorrer nesta quarta-feira (15). As linhas gerais do projeto estão traçadas.
Campos diz que profissionais serão contratados via seleção pública, por  regime da CLT. A ideia é que haja uma rotatividade entre as cidades cadastradas,  em sistema semelhante ao que ocorre com carreiras jurídicas. A periodicidade das  transferências e os critérios para as remoções serão definidos pelo grupo de  trabalho, diz o secretário. 
– A intenção é criar uma carreira atrativa. Além de bons salários, profissionais  teriam garantia, por exemplo, de participar de cursos de reciclagem. 
 Os salários dos profissionais serão pagos pelo Ministério da Saúde, mas o  dinheiro será descontado dos repasses que rotineiramente são feitos para  municípios. Os salários ofertados atualmente, de acordo com Campos, chegam a R$  20 mil.
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