Dnocs envolvido em suspeitas de superfaturamento de obras no Ceará

(No sertão nordestino a situação ainda é precária com a falta de água)

Uma auditoria recém-concluída pela Controladoria Geral da União (CGU) sobre as atividades do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) no ano de 2009, revela que obras e até serviços de bufê têm sido superfaturados.

Quando saem do papel, açudes para matar a sede do nordestino são cavados onde não mora ninguém. Locais tão despovoados quanto o próprio Dnocs, cuja maioria do pessoal debandou nos últimos anos sem que houvesse reposição. Quem ainda não foi embora estará apto a se aposentar em oito anos.

No Ceará, a segunda etapa do projeto de irrigação de Tabuleiro de Russas, obra estratégica para impulsionar a fruticultura e garantir emprego à população, esbarra em suspeitas de superfaturamento de R$ 5,9 milhões na compra de tubulações de ferro fundido.

Em razão das irregularidades, a conclusão da obra, orçada em R$ 100 milhões, patina há oito anos, e só agora, após uma longa batalha entre o Dnocs, o Tribunal de Contas da União (TCU) e a CGU, o orçamento do projeto está sendo reavaliado. Os órgãos de controle poderão exigir o cancelamento do contrato, o que retardaria mais ainda a chegada da água.

Uma auditoria recém-concluída pela Controladoria Geral da União (CGU) sobre as atividades do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) no ano de 2009, revela que obras e até serviços de bufê têm sido superfaturados.

Quando saem do papel, açudes para matar a sede do nordestino são cavados onde não mora ninguém. Locais tão despovoados quanto o próprio Dnocs, cuja maioria do pessoal debandou nos últimos anos sem que houvesse reposição. Quem ainda não foi embora estará apto a se aposentar em oito anos.

No Ceará, a segunda etapa do projeto de irrigação de Tabuleiro de Russas, obra estratégica para impulsionar a fruticultura e garantir emprego à população, esbarra em suspeitas de superfaturamento de R$ 5,9 milhões na compra de tubulações de ferro fundido.

Em razão das irregularidades, a conclusão da obra, orçada em R$ 100 milhões, patina há oito anos, e só agora, após uma longa batalha entre o Dnocs, o Tribunal de Contas da União (TCU) e a CGU, o orçamento do projeto está sendo reavaliado. Os órgãos de controle poderão exigir o cancelamento do contrato, o que retardaria mais ainda a chegada da água.

Em Saboeiro (CE), a prefeitura firmou convênio de R$ 534 mil com o Dnocs para a instalação de três açudes. Porém, os auditores constataram que a empresa vencedora da licitação - a Cartesiana Construções e Serviços Ltda. - sequer tem endereço fixo. 

Os reservatórios foram construídos em área despovoada e de difícil acesso. Ao menos R$ 205 mil foram repassados ao município, e o contrato expirou sem que o empreendimento fosse concluído. No lugar, há apenas mato crescido e nem sinal de água. O diretor-geral do Dnocs, Elias Fernandes Neto, admite que a obra pode ter sido encomendada para atender fazendeiros da região:
- Deve ser isso mesmo. 

Fonte: O Globo


Luiz Vasconcelos

O redator do blog tem formação acadêmica pela Universidade Estadual do Ceará na área de Pedagogia, no entanto, tem grande predileção pelo jornalismo.

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