Com a prisão de dois pistoleiros em Mombaça, no último final de semana, a Polícia evitou o que seria mais uma morte na escalada da violência que toma conta do município, dentro de uma intriga aparentemente sem fim envolvendo as famílias Castro e Bezerra Martins, na qual, segundo a própria Polícia, 36 pessoas já foram assassinadas em menos de 11 anos.
Os pistoleiros Ary Reis Silveira, mais conhecido por “Capote”, de 47 anos, natural de Tauá, e Giliarde de Souza Alves, 19, foram trazidos de Mombaça, ontem pela manhã, escoltados pelo delegado de Polícia daquele município, Marcos André Rodrigues, e recolhidos à carceragem da Delegacia de Capturas e Polinter, no Centro de Fortaleza.
Os acusados confessaram em depoimento que haviam sido contratados por um homem, que se identificou pelo nome de Júnior, para matar um comerciante de Mombaça, em comum acordo com um homem conhecido pelo nome de “Patrão” ou “Negão”, residente em São Paulo.
A prisão de Ary Capote e Giliarde foi efetuada pelo policial militar Francisco Nilton da Silva, momentos depois de ele ter sido procurado na Delegacia de Polícia de Mombaça pelo próprio comerciante, que suspeitava da presença de duas pessoas armadas em uma moto que rondavam o local em que ele estava.
O comerciante disse em depoimento na Delegacia de Mombaça que agora está temendo pela sua vida – O POVO opta por preservar a identidade dele. Ele pertence à família Castro, que mantém intriga com os Martins, mas disse que ele próprio não tem inimizade com ninguém.
Motivação passional
O término de um casamento em Mombaça foi o começo das mortes entre membros das familias Castro e Martins. Segundo a Polícia, a mulher de Bezerra Martins, o “Maninho”, o deixou e passou a namorar com Epitácio Bezerra Júnior. o “Júnior do Epitácio”. Por conta disso, Maninho, se sentindo traido, terias mandado matar Júnior, crime praticado pelos pistoleiros conhecidos por “Bacano” e “Bastos”. Os assassinos foram presos.
No velório de Júnior, o advogado Vicente de Castro, conforme apurou a Polícia , teria dito que iria mandar vingar a morte do amigo. Maninho e seu pai, Joaquim Cavalcante Martins, foram emboscados, por pistoleiros, em momentos distintos. Já Vicente foi morto em julho de 2001, em São Paulo.
O Povo (via Blog do Lindomar))
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