TCU condena ex-dirigentes do Inep por vazamento no Enem 2009

O TCU (Tribunal de Contas da União) determinou que dois dirigentes do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), instituto responsável pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), paguem multas por falhas no exame que acabou sendo adiado em 2009 depois do furto da prova.

Héliton Ribeiro Tavares, ex-diretor de Avaliação da Educação Básica, terá que pagar R$ 5.000 por erros no acompanhamento do contrato do governo com o consórcio Connasel, responsável pela aplicação do exame, e por pagamento de serviços não prestados ao consórcio.

Dorivan Ferreira Gomes, que ocupava o cargo de coordenador-geral de exames para certificação do Inep, terá que pagar R$ 3.000 por pagamento de serviços não prestados.

O tribunal considerou que parte do pagamento de R$ 36 milhões feito pelo Inep ao Connasel foi indevido porque calculado com base na estimativa de 6 milhões de inscritos, e não no número real de 4,1 milhões.

Tavares disse ao tribunal, segundo o que consta no acórdão, que o Inep fez uma visita ao local de impressão das provas, mas admitiu que as comunicações dos problemas constatados foi verbal, devido à velocidade necessária para o processo. Afirmou também que "o Enem/2009 foi o exame que contou com maior nível de acompanhamento pelo Inep".

Gomes disse, segundo o acórdão, que os pagamentos iniciais do Enem sempre foram feitos considerando-se a estimativa de inscritos.

Além de aplicar as multas, o TCU também determinou que o Inep explique como calculou o valor de R$ 47 milhões que está pedindo de ressarcimento ao Connasel.

Luiz Vasconcelos

O redator do blog tem formação acadêmica pela Universidade Estadual do Ceará na área de Pedagogia, no entanto, tem grande predileção pelo jornalismo.

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