Secretária americana de Estado afirmou que o governo paquistanês não sabia deste apoio que vinha "de algum lugar"
Islamabad. A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou, ontem, que as autoridades paquistanesas admitiram que "alguém, em algum lugar" dava apoio ao terrorista Osama bin Laden, mas reiterou que "não há nenhuma prova" de que o governo do país conhecesse seu paradeiro.
Em visita surpresa ao Paquistão, Hillary reconheceu que as relações entre os países estão em um "ponto de mudança" após a morte do líder da Al Qaeda por um comando especial militar dos Estados Unidos em Abbottabad, cidade perto de Islamabad, capital do país, em 2 de maio.
"Estamos tentando montar o quebra-cabeças da presença de Bin Laden em Abbottabad. Mas quero reiterar novamente que não temos nenhuma razão para acreditar que alguém do governo soubesse disso", afirmou a secretária americana.
Hillary disse também que pediu ao presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, ao premiê Yusuf Raza Gilani e ao chefe das forças armadas, Ashfaq Kayani, que o país tome "passos decisivos" contra os extremistas islâmicos no país. "Era uma visita particularmente importante, porque estamos em um momento crucial. Osama bin Laden está morto, mas sua organização de terror continua sendo uma ameaça importante para nós", afirmou Hillary.
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