Há mais de um ano alunos da rede pública municipal, estão sofrendo com a superlotação do transporte escolar no município de Choró, no Sertão Central cearense. Os estudantes das localidades de Palestina, Serra da Palha e Riacho do Juazeiro fazem o trajeto até a escola em um caminhão pau-de-arara superlotado com aproxidamente 110 alunos para chegar até o colégio. Eles reclamam das condições do transporte escolar.
Na localidade de Palestina onde o transporte passa por último, já não há mais bancos disponíveis e muito menos onde segurar. Em muitos casos, eles se esticam e se apertam, em pé, para conseguir segurar na capota. Sem espaço os mais afoitos vão em pé nas grades ou sentados na carroceria.
O estudante, Francisco Edivaldo Fernandes Ferreira, 19 anos, residente na localidade de Palestina, relata que sente muito medo de andar no transporte escolar, por conta da superlotação e das estradas que não oferecem condições de trafegar. “Meu sentimento é de medo, ando no transporte com meus dois irmãos e três sobrinhos de menores, fico preocupado e com medo que possa acontecer alguma coisa grave, já que o caminhão é lotado, como não tem espaço algum, alunos vão pendurados nas grades”. Segundo Edivaldo, foi feito um cadastro de alunos que são transportados no “pau de arara” e ao todo 109 estudantes fazem o trajeto nessas condições há pelo menos um ano.
Prefeitura se defende
De acordo com o secretário de Educação, Manoel Maciel de Queiroz, o transporte escolar do Município de Choró tem sido um dos maiores entraves que ele encontrou na educação, “o município é extenso, estradas ruins e que não nos favorece, um transporte de acordo com o que a população exige, mais até hoje aqui no meu gabinete nunca recebi nenhuma pessoa da Palestina, Serra da Palha e Riacho do Juazeiro. Nos tínhamos nos anos anteriores dois carros, uma pessoa não quis mais fazer a rota e as pessoas que estavam lá nos afirmaram que um carro só, daria para conduzir todos os estudantes, desde que esse carro fosse aumentado a sua capacidade de transportar pessoas. Eles nos falam que é mais de 100 pessoas, nós verificamos, e não é, essa quantidade que o povo fala, pode ser próximo, mais especificamente não é”.
Fonte: Revista Central
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