O secretário das Cidades do Governo do Estado do Ceará, Camilo Santana (PT) lançou nota à imprensa nesta terça-feira (9) defendendo-se do chamado “escândalo dos banheiros”, suposto esquema milionário que desviava verba que seria usada para construção de banheiros populares. O secretário afirma que detectou “indícios de irregularidades” no convênios com associações culturais responsáveis pela construção dos banheiros, que não foram entregues.
Em nota, Camilo diz que em janeiro deste ano chegou ao seu gabinete a solicitação para prorrogar o prazo do contrato. “Esse foi o único ato que fiz. Assinar um aditivo de prazo, prorrogando um convênio.” O secretário ressalta também que não assinou qualquer documento liberando novos recursos para a construção dos banheiros e que a totalidade da verba foi repassada na gestão anterior a sua.
A documentação, segundo Camilo Santana, apresentava parecer técnico atestando que para “a execução dos kits sanitários em andamento, se faz necessário o aditivo de prazo com a finalidade de se concluir todo o objeto do convênio”. Os pareceres, segundo o secretário, era assinado por Fábio Castelo Branco, responsável pelo programa da Secretaria que repassa a verba para a construção dos banheiros.
Fábio Castelo Branco chegou à Secretaria por indicação do presidente afastado do Tribunal de Contas do Estado, Teodorico Menezes. Fábio era também gerente financeiro da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), e foi exonerado do cargo antes do escândalo ser anunciado na imprensa. Teodorico pediu afastamento do TCE após as denúncias. Os dois não se pronunciaram a respeito do caso.
Fonte: G1 - Ce
Tags
REGIONAL