A sombra da crise econômica internacional chegou ao Ceará e levou o governador Cid Gomes (PSB) a reforçar medidas de contenção de gastos. Cid puxou pelo braço os secretários da área financeira do Estado - Eduardo Diogo, do Planejamento, e Mauro Filho, da Fazenda -e pediu que eles elaborassem plano que define onde o Executivo pode cortar despesas. Até a última quinta-feira, os três ainda não haviam se reencontrado para fechar questão sobre o plano. Entretanto, episódios recentes mostram que a orientação de fechar a torneira dos gastos já tem efeito na rotina do Executivo.
Na última edição do Governo Itinerante, em Missão Velha, dirigentes de órgãos e assessores tiveram de pegar ônibus até o município. Avião fretado, só para o governador e os secretários. A ideia do Governo é reduzir a cifra destinada a custeio da máquina pública, deixando os investimentos livres de contingenciamento. De acordo com o secretário Mauro Filho, não se trata de nenhum arrocho extra no caixa. Ele lembrou que, no início de 2011, Cid já havia determinado corte de R$ 500 milhões no orçamento anual do Estado, já prevendo os efeitos da crise. Agora, a ideia é ampliar os cuidados para garantir que aquele valor permaneça intocado. “Como já tinha secretário querendo se engraçar para comprar mais computadores, mais isso e aquilo, tivemos de reforçar (as medidas de contenção). Claro que é papel do secretário pedir, mas, infelizmente...”, explicou o titular da Fazenda.
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