O ex-governador Lúcio Alcântara (PR) não tem se mantido em silêncio diante da administração de Cid Gomes (PSB). “Sempre que tenho a oportunidade eu tenho mantido as minhas críticas em relação ao governo do Estado, principalmente se for para criticar aquilo que merece crítica, como é o caso dos banheiros. É uma vergonha o que estamos observando, o governo fazendo de conta que apurou a fim de tentar enganar a opinião pública”.
Quanto à greve dos professores estaduais, Lúcio diz não se lembrar de uma greve no Estado tão prolongada. “Até porque, o Governador mostrou com aquela frase dele um absoluto desrespeito e desprezo mesmo pelo professor. Como se fosse possível se fazer educação sem o professor. Pode fazer educação sem escola, sem carteiras, sem o quadro negro na sala de aula, mas sem o professor não faz de maneira nenhuma”.
“Eu acho que a educação do Ceará tem ganhado prédios novos e bonitos, o que é inegável, mas não há avanços substanciais, e o que está acontecendo ai é um trabalho que já vinha sendo feito pelos ex-governadores. O atual irá passar para a história como um governador que desrespeitou os professores”.
Eleições
Sobre o seu Partido da República, Lúcio afirma que a sucessão para o governo do Estado está ainda muito longe para ser discutida, mas para a prefeitura de Fortaleza o PR fará consultas junto as demais partidos. O que é certo é que o ex-governador não pensa em disputar cargo eletivo mais uma vez. “A hipótese de concorrer ao governo do Estado ou à prefeitura de Fortaleza eu afasto totalmente. É hora de aparecer novos nomes”.
Para o ex-governador, “hoje está muito difícil fazer política no Ceará, porque o governo estabeleceu um latifúndio partidário e ainda está querendo pegar este PSD [o partido recém-criado por Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo], um partido de aluguel. Os deputados estaduais se renderam politicamente ao governo”.
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