Iguatu sediou nesta quinta-feira (06), a II Conferência Regional de Políticas Públicas da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, TRAVESTIS e TRANSEXUAIS (LGBT), etapa Centro Sul e Vale do Salgado. A abertura do evento, que é promovido pelo Governo do Estado, através da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), em parceria com a Prefeitura de Iguatu, aconteceu às 09hs no auditório do Complexo de Proteção Social ao Adolescente, na Rua 21 de Abril S/N, no Bairro Prado.
Com o tema "Por um Ceará Livre da pobreza e da Discriminação: Promovendo a Cidadania de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, a Conferência tem como objetivos avaliar a implementação das políticas públicas voltadas ao combate à discriminação e promoção dos Direitos Humanos e cidadania da população LGBT aprovadas na I Conferência de Políticas para a população GLBT do Ceará; propor estratégias para construção de Planos municipais e o Plano Estadual de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, TRAVESTIS e TRANSEXUAIS - LGBT; e sugerir diretrizes para a implementação de políticas públicas de combate à pobreza e à discriminação da população LGBT.
O evento contou com a participação da Coordenadora Estadual de Políticas Públicas LGBTT, Andrea Rossati, das secretárias municipais; Célia Freitas (Gestão) e Regiane Bráz (Ação Social); da secretária adjunta Maria Barbosa (Ação Social); do presidente da Associação de Homossexuais, Vicente Butterfly; segmentos da sociedade civil além de dezenas de participantes.
De acordo Andrea Rossati, coordenadora estadual LGBTT, ainda existe uma dificuldade muito grande para se trabalhar na realização dessas ações, pois, segundo ela, vivemos infelizmente numa região muito machista. Ela ainda enfatizou a ausência do estado brasileiro ao longo dos anos com a população LGBTT. "Todos os governos tem uma dívida enorme com a população LGBTT, e não são três ou quatro anos de gestão que iremos acabar com o preconceito ou com a discriminação, até porque nós vivemos numa região, infelizmente muito machista e preconceituosa. Portanto, nós que estamos incluídos no grupo LGBTT, temos que ter a consciência de que para acabarmos com a homofobia, o preconceito e a discriminação, é preciso que façamos uma reflexão interna, e que a partir daí a gente possa lutar de mãos dadas pelos nossos direitos", afirmou.
A II Conferência Regional é mais um espaço de discussões entre a sociedade civil e poder público, onde a população LGBTT decide sobre os rumos das políticas públicas para a cidadania, e a partir das discussões, elaboram propostas junto a gestão municipal, que serão apresentadas durante a II Conferência Estadual LGBTT do Ceará.
Luiz Vasconcelos