A advogada Roberta Tafner, 30, e o marido, Willian de Souza, 34, vão a júri popular pelo assassinato dos pais dela em 2 de outubro de 2010, em um condomínio de classe média em Santana de Parnaíba (Grande São Paulo).
A sentença de pronúncia do casal foi proferida no último dia 19 pela juíza Telma Berkelmans dos Santos, da 1ª Vara Criminal de Barueri. Pelo crime, ocorrido na casa das vítimas, o casal foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas). Na sentença, a juíza determinou que os réus não poderão aguardar o julgamento em liberdade. Roberta e Willians estão presos desde 15 de dezembro de 2010.
Patrimônio
O empresário Wilson Roberto Tafner, 68, e a também advogada Tereza Cobra, 60 foram mortos a facadas. Tereza recebeu 16 golpes e Wilson, 10, todos na cabeça e no rosto. A polícia encontrou 15 pontos de sangue entre o quarto onde o casal foi morto e a casa da filha e do genro, no mesmo condomínio.
“Há vários elementos nos autos apontando que os réus não se relacionavam bem com as vítimas e que havia interesses patrimoniais nesta relação”, diz a sentença.
Os bens das vítimas, bloqueados pela Justiça, estão avaliados em R$ 5 milhões. A Promotoria conseguiu o bloqueio de pagamento de seguros de vida e o sequestro dos bens e de direitos de herança.
A convivência do casal com a família era tumultuada porque os pais de Roberta não aprovavam o casamento. Tereza demitiu a filha de seu escritório por suspeitar que ela e o genro tinham furtado dinheiro.
Willians foi denunciado como autor das lesões a faca que levaram à morte dos sogros. Roberta é acusada de ser cúmplice do marido no planejamento do crime e na limpeza dos vestígios.
“Estamos confiantes de que, levados a júri popular, eles peguem a pena máxima e a Justiça seja feita”, diz Regina Tafner, irmã de Wilson.
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