Professores da rede estadual, capital e interior, se reuniram nesta sexta-feira (25) no Ginásio Paulo Sarasate, em Fortaleza, e decidiram não retomarem o movimento grevista.
A decisão causou tumulto e agressões físicas entre as partes. Foram momento de tensão. Vaias e gritos aumentavam quando um dirigente do Apeoc se pronunciava. Alguns chegaram a jogar papéis e garrafas de plástico na mesa onde estava sendo conduzida a votação, onde a grande maioria decidiu não retomar a greve, mantendo a mobilização da categoria pela negociação.
Foto: Diário do Nordeste |
Seguranças tentaram conter os manifestantes que não se conformavam com o resultado da assembleia e tomaram a mesa de votação. O presidente do Sindicato Apeoc, Anízio Melo, teve que sair pelos fundos do ginásio com a escolta de seguranças.
Segundo o sindicato o Sindicato dos Professores e Servidores do Estado do Ceará (Apeoc), cerca de 4 mil professores compareceram à assembleia, além de dezenas de estudantes. Este número atípico motivou alegações de que os professores do interior teriam sido coagidos a votar a favor da proposta do Governo do Estado, enquanto outros alegavam que tal resultado era fruto do desgaste do movimento.
Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Ceará, participaram da assembleia como observadores. Edmir Martins, da Comissão de Educação da OAB-CE, considera a votação legítima, mas vê problemas na forma como ela foi conduzida.
"Fiz uma questão de ordem junto à mesa diretora de que a votação não poderia ser conduzida pelo Sindicato Apeoc, o próprio Anízio Melo foi quem defendeu a proposta de não continuar a greve. Deveria ter sido conduzida por entidades isentas, como a CUT ou a própria OAB, que estavam presentes à assembleia", explicou.
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