Ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campelo, contesta dados do Unicef

BRASÍLIA - A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campelo, contestou dados apresentados na quarta-feira pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) que mostram o crescimento da população jovem vivendo em situação de pobreza. Para o governo, houve redução. A diferença de perspectiva ocorre porque foram usadas metodologias diversas para calcular os dados. A ministra informou que, a partir do dia 8, governo e Unicef farão reuniões para refazer as contas e divulgar novos dados.

- A população pobre no Brasil caiu em qualquer corte de idade. Isso é um indicador de que o conjunto de nossa política tem vida suficiente - disse a ministra.

Segundo o relatório da agência, em 2009, 17,6% dos brasileiros entre 12 e 17 anos estavam inseridos em famílias cuja renda por pessoa não passava de um quarto de salário mínimo por mês – ou seja, R$ 128,50. Em 2004, esse índice era 16,3%. A ministra argumentou que o salário mínimo não pode ser usado como parâmetro, porque o valor aumentou em percentuais superiores ao da inflação no período.

O ministério adota como parâmetro de extrema pobreza famílias que vivem com até R$ 70 por pessoa. A linha para demarcar a situação de pobreza é entre R$ 70 e R$ 140. Segundo dados do governo, 21% da população entre 12 e 17 anos estavam em famílias pobres em 2004. O percentual foi para 14,1% em 2009. Quando considerada a faixa de extrema pobreza, eram 11,5% dos jovens em 2004 e 7,6% em 2009.

O governo também divulgou o somatório das duas faixas. Em 2004 eram 32,4% dos jovens e em 2009, 21,7%. Para fazer os cálculos, o ministério considerou as faixas de rendas usadas como parâmetros subtraídos os índices de inflação de cada ano.

(OGlobo)


Luiz Vasconcelos

O redator do blog tem formação acadêmica pela Universidade Estadual do Ceará na área de Pedagogia, no entanto, tem grande predileção pelo jornalismo.

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