O vereador e radialista João Inácio Neto (PSB) é um dos casos raros de políticos atípicos, daqueles, que na melhor das hipóteses, possui duas caras, ou, duas personalidades: uma ele demonstra quando está exercendo a profissão de radialista, na Rádio Jornal Centro Sul. Lá ele é rei. Diz o que quer. Retribui desaforos, faz chacota com a cara dos adversários políticos, enfim, se sente o dono da verdade. Claro, a verdade criada por ele.
Na sua outra personalidade, o vereador é o tipo do parlamentar de compostura ética, distante dos padrões que o destacam por trás do microfone de uma emissora de rádio. Bem comportado politicamente, só entra em questionamentos se for numa boa. Discurso que o possa levar a um “escorregão”, e de sobra responder a processo por quebra de decoro parlamentar, isso nem pensar. Prefere engolir alguns desaforos calado, e em alguns casos.
Na sessão da Câmara desta quinta-feira (24), o parlamentar resolveu azedar. Ao ouvir algumas argumentações no discurso do vereador Bandeira Júnior (PMDB), ele não se conteve e revidou. Disse que a situação usava palavras de desagravos contra sua pessoa, retribuiu aquilo taxado por ele como desaforo, e ainda por cima exigiu do presidente da sessão um CD com a gravação dos discursos ali proferidos.
Interessante: no final tem sempre o velho sorriso e o aperto de mão com aqueles considerados adversários da política. Para quem assiste, a sensação é de que somos todos uns palhaços.