Professores do IFCE rejeitam proposta e seguem em greve


Os servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) rejeitaram nesta segunda-feira (16) a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo federal na sexta-feira (13). Os servidores consideraram que a proposta é "imoral" e não atende as reivindicações dos professores.

Os servidores do IFCE estão em greve desde 13 de julho, um dia após os professores da Universidade Federal do Ceará e Unilab também aderirem à greve federal, que afeta escolas federais de todo o Brasil. Os professores reivindicam reestruturação do plano de cargos, salários e carreira, e melhores condições de trabalho.

No Ceará, apenas duas sedes do IFCE estão funcionando integralmente. Nos outros campi, apenas serviços essenciais estão regularizados, como setores jurídico e manutenção de laboratórios com animais.

Proposta do governo

A proposta do governo federal, que entraria em vigor a partir de 2013, reduz de 17 para 13 os níveis da carreira, como forma de "incentivar o avanço mais rápido a busca de qualificação profissional e dos títulos acadêmicos". Segundo o documento elaborado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a proposta apresentada pelo governo, apesar de reduzir os níveis, mantém, na estrutura, a hierarquização vertical em classes.

Em nota, o ministério afirmou que "todos os docentes federais de nível superior terão reajustes salariais além dos 4% já concedidos pela MP 568 retroativo a março, ao longo dos próximos três anos". Pela proposta, o salário inicial do professor com doutorado e com dedicação exclusiva será de R$ 8,4 mil. Os salário dos professores já ingressados na universidade, com título de doutor e dedicação exclusiva, passarão de R$ 7,3 mil (valor referente a fevereiro) para R$ 10 mil.

Institutos federais

No caso dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, além da possibilidade de progressão pela titulação, haverá, segundo a proposta do governo, um novo processo de certificação do conhecimento tecnológico e experiência acumulada ao longo da atividade profissional de cada docente.

"Desta forma, o governo federal atende à reivindicação histórica dos docentes, que pleiteavam um plano de carreira que privilegiasse a qualificação e o mérito. Além disso, torna a carreira mais atraente para novos profissionais e reconhece a dedicação dos professores mais experientes", informou o Ministério do Planejamento.


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