A criação de sete polos industriais para o Ceará é o principal desafio proposto pelo Programa Indústria Viva, entregue ontem, ao secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, que proferiu palestra na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).
Os polos seriam no Pecém, na Região Metropolitana de Fortaleza, em Iguatu, em Limoeiro do Norte, no Cariri, em Sobral e no sertão central. O objetivo é, segundo o diretor corporativo do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará (Indi), Carlos Matos, é explorar o potencial que essas regiões possuem e que a indústria cearense ainda não sabe aproveitar.
“Estamos analisando o sertão central, que tem fabricação de biodiesel e já foi grande polo de produção de algodão. Há uma potencialidade a ser explorada ali”, disse Matos.
Para solucionar esse problema, ele sugere que se aposte em setores que não dependem do clima, como o da mineração. Um “grande desafio” dentro desse contexto, segundo ele, é conseguir interiorizar a indústria. “Para isso, estamos propondo a criação de polos industriais”.
Entre os principais desafios da indústria cearense, apontados por Matos, destaca-se a desigualdade regional, com aproximadamente 75% da produção industrial cearense concentra-se na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
O secretário-executivo do MDIC, Alessandro Teixeira, que fez uma palestra sobre a “Política industrial brasileira”, em especial a cearense, elogiou a inicitiva. “O Ministério vê isso com muito bons olhos. É um trabalho singular, feito por uma federação de indústria. O ministério agora vai se debruçar nesse estudo” afirma.
Segundo Alessandro, nas próximas semanas haverá um encontro em Brasília do MDIC com a Fiec e o Governo do Estado do Ceará para discutir e analisar as propostas do Programa Indústria Viva.
(O POVO)
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