O distanciamento entre o senador Eunício Oliveira (PMDB), pré-candidato ao Governo do Estado, e os irmãos Cid e Ciro Gomes, do PSB, marcam os últimos dois meses das conversas e articulações dos bastidores políticos. A distância não é apenas geográfica - Eunício passa a maior parte do tempo em Brasília, mas, também física.
Eunicío tem evitado aparições em eventos comandados pelo governador e não apareceu na solenidade de inauguração de estações do metrô em Fortaleza com a presença da presidente Dilma Rousseff. As agendas tem sido incompatíveis.
A homenagem de entidades de classistas a Eunício Oliveira, promovida neste mês de Julho, em Fortaleza, não teve a presença de nomes de expressão do PSB, como Cid, Ciro, Roberto Cláudio e José Albuquerque, presidente da AL. O vice governador Domingos Filho (PMDB) também não deu as caras por lá.
Quais as razões para esse distanciamento? A pergunta é feita com frequência, mas , nos bastidores políticos, há uma explicação: determinado a ser candidato, Eunício não quer ficar até o último momento que antecede à escolha do nome ao Governo do Estado com a imagem colada aos irmãos Cid e Ciro e, na hora de decisão, ser preterido.
Desvinculado da agenda de Cid, Eunício fica com mais liberdade para, em uma possível campanha majoritária, criticar o que considerar errado e, ao mesmo tempo, reconhecer acertos e propor avanços. Isso, porém, não o impede nesse cenário de tentar viabilizar o apoio dos irmãos Ferreira Gomes ao seu nome.
No entanto, o caminho tem uma incógnita; o ex-governador Ciro Gomes é enfático ao dizer que o candidato à sucessão estadual é um nome do PSB, partido do governador. Hoje, entre esses nomes, estão Leônidas Cristino e Mauro Filho. Outro componente põe combustão na fogueira: a insistente postura hostil de Ciro Gomes contra o PMDB, com críticas ásperas e pesadas ao que considera de pior na política brasileira.
A pouco menos de um ano para a escolha dos candidatos às eleições de 2014, Eunício transmite aos aliados uma convicção: é candidato a governador. com ou sem apoio dos irmãos Ferreira Gomes. E para ganhar tempo, percorre o interior do Estado, faz o dever de casa no Senado e trabalha para atrair aliados.
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