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O massacre do Carandiru aconteceu em 2 de outubro de 1992 Arquivo O Globo |
O Tribunal do Júri condenou, na madrugada deste sábado, 25 policiais acusados de participar do massacre do Carandiru. Cada um deles foi condenado a 624 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, pela morte de 52 pessoas (12 anos para cada homicídio). Terminou, assim, a segunda etapa do julgamento sobre os crimes ocorridos no dia 2 de outubro de 1992. Apesar do anúncio da condenação, os réus permanecerão em liberdade, pois o processo ainda não transitou em julgado. A decisão também prevê a perda do cargo público dos réus (a punição servirá a 9 deles, que ainda estão na ativa).
Os jurados tomaram a decisão depois de extenso debate entre acusação e defesa sobre as circunstâncias das mortes de 52 presos (eram 73, mas o Ministério Público excluiu 21 mortes atribuídas ao grupo) que dormiam no terceiro pavimento (segundo andar) da Casa de Detenção em São Paulo. Na ocasião do massacre, os policiais faziam parte da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota).
Em abril, na primeira etapa do julgamento, 23 policiais foram condenados a 156 anos de prisão. Outros dois júris ainda estão previstos para o término do caso: um para outubro, com o julgamento de 16 policiais, e outro para janeiro de 2014, envolvendo 14 PMs. Se as defesas quiserem recorrer da decisão, terão que esperar o fim das três etapas do julgamento.
Logo após o massacre, há 21 anos, foram contabilizados 111 mortos.
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