Para manter investimento, governador do Ceará recorre a empréstimos

Uma das obras mais caras é a construção do acquario turístico por R$ 270 milhões
Após atingir nível recorde de investimentos em 2010, o governo Cid Gomes perdeu o fôlego para novas obras e culpa a queda nos repasses federais pela freada.

A gestão Cid culpa a diminuição das transferências federais pela desaceleração no ritmo de crescimento. Dos repasses prometidos ao Ceará pela União em 2012 e em 2013, a Secretaria da Fazenda contabiliza uma frustração de cerca de R$ 1,2 bilhão. 

"Isso afeta a capacidade de investimento, por isso defendo o aumento do endividamento, já que nossa dívida está muito baixa", disse o deputado estadual Mauro Filho (PSB), que comandou a Secretaria de Fazenda de 2007 até a semana passada.

Para tentar manter os gastos públicos aquecidos, a gestão tem recorrido a empréstimos. Já são R$ 7 bilhões autorizados desde 2012, dinheiro contratado gradativamente pelas pastas do governo.

No pacote, estão previstas, por exemplo, obras de saneamento básico em praias e de pavimentação de rodovias.

O nível de investimentos do Ceará chegou a 20,4% das despesas do Estado em 2010. Em 2011, com 16,2%, foi o maior do Brasil. Neste ano, até junho, estava em 10,6%.

Mesmo com a queda, o atual nível é o décimo maior entre os Estados e permitiu a Cid, em segundo mandato, realizar ou iniciar obras que prometera na campanha.

A lista inclui de delegacias e hospitais a obras criticadas pela dimensão exagerada, como um centro de eventos de R$ 467 milhões e um aquário turístico de R$ 270 milhões.


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